uma briga a menos

bom dia. com a final do bbb de ontem o brasileiro tem menos um assunto para discordar. parabéns thelminha.

A hashtag #turistando sumiu do Instagram

MUNDO

Mesmo com a quarentena flexibilizada e as fronteiras abertas, o novo normal causará uma reviravolta nos hábitos de viagens. O turismo representa 10,3% do PIB mundial e sustenta 75 milhões de pessoas no mundo todo. Tida como um oásis cultural frente à formação eurocêntrica do Ocidente, a Europa deve ser a região mais afetada pela crise. Os Ministros de Turismo da UE se reuniram ontem e a estimativa é que seja necessário um reforço de US$250 bilhões para ressuscitar a indústria no continente. 

Pelo menos, não passaremos vontade assistindo aos colegas mais abastados curtirem o verão europeu esse ano. Com o período do ano mais esperado se aproximando, países como Itália, Espanha e Grécia, onde o turismo representa 25% do PIB, terão seus beachclubs e bares vazios. Um estudo da Câmara Helênica de Hotéis revelou que 65% dos hotéis integrantes veem como provável a falência de seus negócios.

Nova realidade: enquanto a vacina não é produzida, são cogitados para um futuro próximo atestados de imunidade para quem já contraiu a doença e medição de temperatura para todos os viajantes. O pior cenário é o dos cruzeiros, visto que levará tempo para que passageiros se aventurem a correr o risco de ficar à deriva, como foi o caso de alguns navios durante a pandemia.

Apoie o turismo local. O que especialistas defendem é que no início o incentivo seja feito a viagens curtas e domésticas. É hora de fazer acontecer aquele fim de semana na cachoeira programado há tempos ou a ida àquela cidade histórica próxima. O prejuízo vai muito além das cadeias hoteleiras e das companhias aéreas.

Como se a morte já não fosse triste o suficiente

BRASIL

Faz alguns dias que a temática propriamente dita do coronavírus deu espaço para seus desdobramentos e assuntos políticos. Embora o foco tenha se dissipado, o Brasil aparece agora entre os 10 países com maior número de óbitos do mundo. Apesar do maior número de casos em São Paulo, a situação em Manaus é espantosamente triste. Por lá, caixões são empilhados em valas comuns para suprir a demanda de enterros.

"Mudança no layout”. Familiares de ao menos 20 pessoas que faleceram neste fim de semana denunciaram que, nesta segunda, os caixões com corpos aguardavam para serem empilhados nas valas abertas no Cemitério Nossa Senhora da Aparecida, em Manaus. A prefeitura disse que, devido à alta demanda, teve de reorganizar as covas.

Famílias lidando com a morte de um jeito ainda mais difícil:

• Ontem pela manhã, Janecy Lobato lutava para enterrar dignamente o sogro. O genro diz que como cidadão contribuinte não pode aceitar que um corpo seja enterrado sobre outro, e considera a situação desumana.

• A mão de obra insuficiente dos cemitérios fez com que uma família precisasse enterrar o próprio pai, por falta de coveiros.

Número de mortes no país: 4.543 | Número de mortes nos últimos 7 dias: 1.802 | Casos confirmados: 66.501

O que mais foi destaque no cenário nacional?

• Maia descarta impeachment contra Bolsonaro no momento e diz que o foco é o coronavírus

• Bolsonaro decide mudar nome para Justiça e deve nomear Mendonça

Governos querendo competir com Google e Apple no rastreamento de contatos. Quem vence?

TECNOLOGIA

Se você é cliente Apple, conhece bem o desejo da marca de ser exclusiva. Só o fone de ouvido próprio funciona, se quiser conectar um cabo diferente ao seu MacBook precisa de um adaptador e o fato de não conseguir escutar sua playlist e carregar seu iPhone ao mesmo tempo faz você "precisar” dos AirPods. Se serve de consolo, você não está sozinho nessa. Os governos da França, do Reino Unido, da Alemanha e dos estados de Utah, Carolina do Norte e Carolina do Sul enfrentam um problema parecido.

Nossos leitores já estão cientes da parceria firmada entre Apple e Google para desenvolver uma tecnologia de rastreamento de contato contra a COVID-19. Basicamente, se alguém usando a tecnologia apresentar resultado positivo, o sistema alertará as pessoas que possam ter tido contato com ele nos 14 dias anteriores. A ideia é brilhante, mas alguns países preferiram desenvolver seus próprios aplicativos e a Apple se recusou a alterar as configurações do iPhone para torná-los mais eficientes.

Vamos às três principais divergências:

1. Não alteradas as configurações, os usuários dos aplicativos governamentais precisariam deixar o telefone desbloqueado e o aplicativo aberto o tempo todo para que ele funcionasse, enquanto o da Google e da Apple funcionaria tranquilamente em segundo plano.

2. A maioria dos aplicativos governamentais armazena as informações em um servidor central de propriedade do governo. Já a tecnologia "descentralizada" da Apple/Google armazena apenas informações nos telefones, a menos que os usuários optem por enviá-las às autoridades de saúde.

3. Alguns aplicativos do governo também usariam dados de GPS para obter dados da localização específica dos surtos, enquanto a tecnologia Apple/Google não. Para os governos, o serviço de localização é crucial pois direciona a necessidade de ordens de distanciamento social, ponto importante para a economia.

A Alemanha já anunciou que abandonará seu próprio aplicativo em favor da tecnologia de rastreamento de contatos da Apple e do Google, mas as próximas decisões nos dirão até que ponto as empresas e os governos querem se unir de forma colaborativa no combate ao vírus.

Pense duas vezes antes de postar sua reuniãozinha na quarentena

MÍDIA

Na noite de sábado, Gabriela Pugliesi, pioneira no mercado de influenciadores do país, fez uma festa em sua casa, durante a quarentena. Calma, não viramos site de fofoca. Vamos afundo. A reunião teve grande repercussão e muitas marcas suspenderam suas parcerias com Pugliesi, dentre elas Hope, Rappi, Desinchá e Liv Up. Essas suspensões não representam apenas uma resposta pontual, mas uma nova tendência no marketing e no consumo como um todo.

A influência propriamente dita: a famosa frase "você é a média das cinco pessoas com quem mais convive” pode ser ampliada para "você é a média dos perfis que mais acompanha no Instagram". Nos últimos anos, os influenciadores se tornaram a grande mídia e mostraram-se mais eficazes que veículos como revistas e TV. Eles influenciam, literalmente, hábitos de comportamento e de consumo de milhares de pessoas.

Com a pandemia, acredita-se que as pessoas repensarão suas formas de consumo, agora feito com mais consciência. Cada vez mais se acentua a importância de as marcas terem uma identidade, um propósito e valores bem definidos. Como um dos papéis dos influenciadores é transmitir essa mensagem, eles devem ser escolhidos de forma criteriosa, e as marcas que romperam com Pugliesi provavelmente acreditam que seu comportamento não condiz com os produtos saudáveis que ela promove.

Na tarde dessa segunda-feira, Gabriela Pugliesi desativou seu Instagram, e vale lembrar que ela foi uma das primeiras celebridades a serem diagnosticadas com a Covid-19, após o casamento de sua irmã na Bahia. Nem sentindo na pele.

A próxima montanha-russa de Orlando deveria ser batizada em referência ao mercado financeiro

ECONOMIA

Como dizemos ontem, o mercado passa por grandes incertezas e, consequentemente, altíssima volatilidade. Se você já se irrita com a bipolaridade do contatinho, recomendamos que não se junte aos mais de 560 mil investidores que entraram na Bolsa em 2020. Oportunistas ou não, a máxima de comprar na baixa deve-lhes render bons resultados, pelo menos no curto prazo. O Ibovespa fechou o pregão dessa segunda-feira com valorização de 3,86%, aos 78.238 pontos.

Depois de um fim de semana marcado por fortes tensões políticas, que ainda devem abalar o país nos próximos dias, o mercado brasileiro se recuperou nessa segunda-feira, alavancado sobretudo pelo apoio que Bolsonaro reforçou dar a Paulo Guedes em um discurso feito na manhã de ontem.

O ministro reiterou que segue firme em sua política de responsabilidade fiscal e explicou que os gastos elevados feitos no combate à pandemia são de caráter excepcional. Tratando-se de bolsa, o que aprendemos nos últimos dias é que pronunciamentos podem pesar ou esvaziar seu bolso.

O que mais foi destaque na economia:

• Ação da Via Varejo sobe 18%; Petrobras avança apesar do petróleo e Embraer cai 7%

• Quais os próximos passos da Embraer sem o acordo de US$ 4,2bi com a Boeing

até amanhã! 

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