nunca falha
bom dia. hoje é quarta-feira, nosso dia favorito. para os que gostam de dicas, recados e afins... aqui vai um: faça um pouco mais do que é pedido. sempre a little bit more. acredite, é igual mágica.
TRUMP vs BIDEN
MUNDO
A 5 semanas das eleições americanas, aconteceu ontem o primeiro dos 3 debates entre Joe Biden e Donald Trump. Quanto ao calor da discussão, se você pensa em ter um filho, ensine-o bem a esperar sua vez de falar. Vamos aos assuntos mais discutidos:
COVID-19:
Biden criticou a resposta de Trump à pandemia, citando que os EUA têm 20% das mortes mundiais, enquanto sua população equivale a 5%. Trump disse que a vacina chegará em questão de semanas.
ECONOMIA:
Biden afirmou que a economia não vai se recuperar enquanto a COVID-19 não acabar e que talvez isso aconteça apenas com quem recebe os maiores salários. Já Trump disse que a recuperação está acontecendo mais rápido que o esperado.
Tendo em vista que a proposta de Biden defende impostos mais altos para empresas, Trump afirmou que esse aumento faria com que essas companhias deixassem o país, devastando a economia.
IMPOSTOS DE TRUMP:
Quando Trump foi questionado sobre a investigação do NYTimes — que alega que ele tenha pago somente US$ 750 em impostos de renda em 2016 e 2017 — o presidente disse que pagou milhões de dólares em impostos. Biden o pediu para provar e Trump disse que fará isso em breve.
Alguns outros temas foram discutidos, como as mudanças climáticas e os incêndios — Biden até mesmo citou o Brasil — os protestos antirracistas e a integridade das eleições. Recomendamos que assista na íntegra, ótimo para treinar o inglês.
A relevância: como a pandemia prejudicou as campanhas, é nos debates que os candidatos vão apresentar suas propostas, sobretudo para conquistar os “swing states” — estados em que não há favoritismo de nenhum candidato.
Seria “Black Friday” um termo racista?
BRASIL
Contra o racismo, na manhã de ontem, o CEO do Grupo Boticário publicou no LinkedIn o adeus da companhia ao termo “Black Friday”.
O que a Black Friday tem de racista? Segundo ele, não há provas de que o nome usado para a data não se relacione à escravidão. Seguindo a mesma linha de que palavras como “denegrir” são pejorativas, o Boticário decidiu extinguir o nome.
O primeiro registro do uso do termo “Black Friday” é de 1869, quando dois especuladores usaram informações privilegiadas para tomar o mercado de ouro na Bolsa de NY. Para reverter a situação, o governo aumentou a oferta de ouro, fazendo os preços despencarem. O dia ficou conhecido como Black Friday.
Se a sexta-feira foi ruim e, por isso, foi chamada de Black Friday, o Boticário decidiu pensar em outra possibilidade. Com isso, o período de descontos continuará existindo, mas com um novo nome: Beauty Week.
O contexto: várias empresas estão se pronunciando como antirracistas, através de programas sociais ou contratação ativa de negros — caso da Magalu e da Bayer. O Boticário, por sua vez, acredita que trocando o termo colocará a discussão em pauta. Super válido ou forçação de barra?
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Aproxime sua mão para pagar
TECNOLOGIA
Sem cartão, sem dinheiro, sem nada: você só vai precisar da sua mão. Ontem, a Amazon — sim, o Jeff de novo — anunciou que vai começar a testar uma tecnologia de biometria para autenticar pagamentos, usando apenas a palma da mão.
O sistema, chamado de Amazon One, vai identificar um cliente e seus dados de pagamento assim que ele posicionar sua mão sobre uma estação com câmera.
Como? Ao chegar na loja, o consumidor vai cadastrar a palma de sua mão em um dos aparelhos, inserir o cartão de crédito e seu número de telefone. A ideia é trazer mais privacidade, quando comparado a outras tecnologias como o reconhecimento facial.
Por enquanto, a novidade será implantada nas lojas físicas da Amazon em Seattle, nos EUA, que já contam com o carrinho automatizado da empresa.
Por que é relevante? Além de inovar o setor de reconhecimento facial, recentemente questionado por diferenciação de cores, esse pode ser o início da mudança de um segmento inteiro de compras. Sua mão vira cartão de crédito, ingresso, crachá. Jeff Bezos, caso esteja lendo isso, você é realmente visionário.
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Nem todo dia é feliz na Disney
NEGÓCIOS
A única opção viável. Essas foram as palavras do presidente da Disney Parks, Josh D'Amaro, ao anunciar que a Disney está demitindo 28 mil funcionários nos Estados Unidos, dentre parques, setor de experiências e produtos.
Dos 28 mil funcionários, cerca de 67% trabalham meio período, mas os cortes afetarão tambem cargos executivos, assalariados — o que chamamos de CLT — e por hora. No total, mais de mais de 100.000 pessoas trabalham na Disney World e na Disneyland.
O segmento de parques, experiências e produtos de consumo, o mais afetado pelo fechamento é uma parte vital dos negócios da Disney. No ano passado, foi responsável por 37% dos US$ 69,6 bilhões da receita total da empresa.
Motivo? Coronavírus e talvez isso seja um pouco óbvio, mas talvez os números te impressionem. Desde que a pandemia forçou o fechamento dos parques, a empresa vem sofrendo bastante. No segundo trimestre, a empresa declarou uma perda de US$ 1 bilhão em receita e, no terceiro trimestre, mais de US$ 3,5 bilhões de prejuízo.
Apostamos que por essa você não esperava: Apesar do prejuízo em 2020, nos últimos 5 anos, a Disney gerou US$ 50 bilhões em lucros. Não se deixe levar só por esse fato e antes de julgar, entenda que a Disney não é má por demitir.
Por mais lucrativa que seja, hemorragias devem ser resolvidas, tanto em pessoas jurídicas quanto em pessoas físicas. A empresa, inclusive, diz que foi resistente e fez o possível para evitar cortes no elenco, ao contrário de outras grandes companhias. Porém, sem perspectiva de reabertura dos dois parques da Califórnia fechados, talvez agora você compreenda a frase do início: a única opção viável.
A política influenciando o mercado
ECONOMIA
O medo prevaleceu e o Ibovespa fechou em queda ontem, outra vez, acumulando baixa de 3,5% na semana. O motivo é o mesmo de ontem, o anúncio do governo sobre o financiamento do Renda Cidadã.
Notícias ruins = Venda de ações a preços mais baixos = Queda do índice
Mas, por que o anúncio foi tão mal visto?
Os precatórios, fonte de recurso a ser usada pelo novo programa, são despesas obrigatórias. Mesmo que haja uma mudança sobre quando eles serão pagos, o montante pendente é incorporado à divida pública.
Uma vez postergados, os juros vão incidir sobre os bilhões de precatórios em questão. Se o Renda Brasil não for temporário e essa for, de fato, sua fonte de financiamento, o Brasil vai acabar devendo ainda mais dinheiro.
De volta ao índice… Nessa terça-feira, o Ibovespa teve desvalorização de 1,15%, a 93.580 pontos. O dólar, por sua vez, subiu 0,14%, cotado a R$ 5,64.
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exerça a gratidão
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