quem é você?

bom dia. existem dois tipos de pessoas no mundo: pessoas que olham pra elas mesmas em videochamadas e pessoas que mentem. risos. agora pegue a xícara de café e vamos para mais uma semana.

May 18, 2020

MUNDO

Após meses de tensão, UTIs lotadas e leitos escassos, tudo indica que o pior na Europa já passou. A reabertura do continente dá fôlego para as Américas, onde hoje o vírus se transmite em maior intensidade. Já não vemos a hora te dizer adeus, coronavírus.

Foram confirmadas ontem pelas autoridades italianas “apenas” 145 mortes nas 24 anteriores ao anúncio. Qualquer número de falecimentos é triste por si só, mas esse é o menor aumento diário na Itália desde o dia 4 de março. Com a curva achatada, o país que foi por semanas o epicentro da doença abre hoje suas lojas com riscos calculados. Sem sair do território europeu, a Espanha também registrou o menor índice de mortes diárias desde 16 de março, sendo confirmados 87 óbitos nas últimas 24 horas. Os europeus já suspiram de alívio.

Falando em flexibilização… Nos EUA, o secretário de Saúde, Alex Azar, disse que ainda não foi observado um aumento no número de casos nos locais que reabriram suas economias, embora seja cedo para assegurar a observação. Isso significa que, por enquanto, não há indícios de uma possível segunda onda de contaminação. Quase todos os 50 estados americanos começaram a flexibilizar suas medidas de isolamento, mas apenas 14 cumpriram as diretrizes federais para a reabertura.

Ainda na terra de Trump, o presidente americano afirmou nesse fim de semana considerar novas propostas de apoio à OMS, depois de suspender as contribuições no dia 14 de abril. By the way… Ontem comemorou-se o Dia Internacional Contra a Homofobia. Em 17 de maio de 1990, a OMS retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças, considerada, até então, um desvio patológico mental. O amor é algo terrível para se odiar.

O que mais foi destaque no cenário mundial?

Estamos quase pedindo música no Fantástico

BRASIL

O fim de semana foi agitado para os brasileiros. O pedido de demissão de Nelson Teich e o aumento dos números de casos e mortes do coronavírus no país foram as pautas principais dos grupos de WhatsApp desde sexta-feira. Se você se inteirou apenas pelas manchetes ou quer entender melhor a segunda saída de um Ministro da Saúde no meio de uma pandemia, leia com atenção.

Na última sexta, Nelson Teich pediu demissão de seu cargo como Ministro da Saúde, 29 dias depois de assumi-lo. Talvez fosse uma espécie de versão teste, como o Netflix, que você usa grátis por até 30 dias e depois cancela. Teich não explicitou as motivações para sua saída em sua última coletiva de imprensa, mas, houve algumas divergências que podem ter acarretado o pedido de exoneração:

Medidas de isolamento. Na última semana, Teich demonstrou perplexidade com o decreto assinado por Bolsonaro que permitia a abertura de academias, salões de beleza e barbearias, sem antes consultá-lo. Desde o início da pandemia, o presidente se posiciona como contrário ao isolamento conforme vem sendo feito, enquanto o ex-ministro já havia dito que até mesmo um 'lockdown’ poderia ser necessário em alguns locais.
O uso da cloroquina. Nelson também divergia do presidente em relação ao uso da cloroquina. Teich alerta sobre a falta de comprovação científica de eficácia e os efeitos colaterais do remédio, enquanto o presidente quer inclui-lo no tratamento desde os primeiros sintomas de contágio.

Quem assume interinamente o Ministério é o general Eduardo Pazuello, que apesar de não possuir experiência na área da saúde, foi escolhido por Teich para a pasta por sua capacidade na gestão de logística e planejamento, considerada uma das necessidades da crise atual. Além do general, a oncologista e defensora do uso da cloroquina, Nise Yamaguchi, do hospital Albert Einstein, o diretor de Saúde da Marinha, Luiz Fróes, e o deputado Osmar Terra são outros nomes cotados para o cargo.

Sem entrar no mérito das divergências, a saída reforça o desalinhamento do presidente com seus subordinados e a falta de autonomia àquilo que lhes foi designado. Enquanto aguardamos a próxima nomeação e as futuras decisões, o que mais foi destaque no país?

Coisas que só acontecem com o distanciamento social

TECNOLOGIA

Estamos vivendo um momento histório, fato. O que muitos só estão percebendo agora é que em momentos históricos, peculiaridades acontecem. Nós já ressaltamos algumas aqui como, por exemplo, os casamentos virtuais, mas hoje separamos outra notícia que chamou muito a atenção da nossa equipe. Vamos lá…

O número de adoções de cachorros e gatos aumentou durante a pandemia. Como forma de combater a solidão que a quarentena proprociona naturalmente, muita gente resolveu adotar um amigo peludo. Aqui no Brasil, ONG's relataram o aumento de doações de cães e gatos. Nos Estados Unidos, abrigos estão tendo que criar listas de espera ou até mesmo pausar os aplicativos de adoação para conter o aumento da procura desde o início da pandemia.

O Pet Finder, plataforma online que trabalha com abrigos e organizações de resgate nos EUA, viu as buscas por adoção aumentarem 122% entre 15 de março e 15 de abril
Em Santos-SP, o número de adoções é 30% superior que o total de adoções feitas no mesmo período do ano passado e a ONG Amor de Bicho, em Campinas, relata que viu o aumento de doações mesmo sem as feiras do final de semana
Na California, alguns abrigos inovaram mais ainda e realizaram eventos de adoção na modalidade drive-thru. Como resultado, mais de 100 animais foram adotados graças à iniciativa.

Entrevistas mais rigorosas… Para evitar que alguns espertinhos apenas “aluguem” os bichinhos enquanto estão de quarentena, o processo de entrevistas se tornou mais rigoroso, pois a devolução de um animal ao abrigo pode ser muito traumatizante. Perguntas como quantas horas o interessado fica fora de casa ganharam peso muito maior e podem ser causa impeditiva.

Onde entra a tecnologia nisso? Bom, deixamos o melhor para o final. As videoconferências não estão sendo utilizadas apenas por empresas e para reuniões de negócio. Já há várias instituições que estão utilizando o Zoom, Google Hangouts e cia para os “eventos virtuais de adoção”, uma interação entre cãezinhos prestes a serem adotados e seus potenciais adotantes. Clique para ver uma na prática. O ser humano realmente é um gênio.

O que mais é relevante em tecnologia?

Um bom sinal para os amantes de futebol, ou melhor, de esportes como um todo

ESPORTES

Não, essa não é uma newsletter que vai te trazer notícias futebolisticas, tampouco fazer um giro da rodada. No entanto, um fato relevante no mundo dos esportes aconteceu neste final de semana e acreditamos ser importante que nossos leitores saibam. Pois bem, depois de dois meses parada, a bola rolou na Alemanhã.

O principal campeonato, a Bundesliga, deu aos fãs um gostinho de como será o futebol durante a pandemia, com seis jogos disputados no país. Todos os jogos, sem exceção, com estádios vazios, sem torcida e com distanciamento até no banco de reservas.

O difícil foi comemorar. Tem certos hábitos que são difíceis de se quebrar, principalmente em momentos de forte emoção, mas os jogadores alemães se saíram bem. Foram 15 gols com comemorações pra lá de interessantes e o distanciamento foi respeitado na maioria delas (imprevistos acontecem na hora da euforia), com direito a toque de cotovelo. Clique aqui para ver alguns dos gols.

Expandido o foco: além da Alemanhã, o mundo se prepara para o retorno das atividades esportivas. O Los Angeles Lakers, time de basquete da NBA, reabriu suas acomodações para que os jogadores possam voltar a treinar no sábado e as lutas no UFC já estão a todo vapor. Aos amantes do esporte, a esperança é que a maioria das ligas voltem às atividades em Junho, porém, as aglomerações nos estádios com os amigos ainda está longe de ser realidade.

Quem mais está com saudade do bull market?

ECONOMIA

O Brasil é único, e seu mercado também. Enquanto os próximos passos no combate ao vírus e as graduais reaberturas são o foco dos investidores mundo afora, por aqui a atenção se volta também a tensão política crescente, que deve render algumas faíscas nessa semana com os desdobramentos das acusações de Sérgio Moro e o futuro do Ministério da Saúde. Assim como nas últimas semanas, temos uma variável a mais.

Em Brasília: além disso, espera-se que o veto aos reajustes de servidores defendidos por Paulo Guedes seja anunciado ainda nessa semana. Isso ainda não ocorreu pois o presidente continua em negociação com o Congresso, para que a medida não seja posteriormente derrubada. Articule-se bem, Jair.

Quanto ao mercado externo,amanhã o presidente do Federal Reserve (o Banco Central americano) se pronunciará e como suas falas com projeções pessimistas derrubaram o mercado na última semana, todos estão atentos ao que ele tem a dizer. E falando nos EUA, o Banco Central não pensa em outra coisa se não o dólar, que ameaça superar a marca de R$ 6,00.

Vale lembrar que o Ibovespa fechou a última semana com queda de 1,84%, aos 77.557 pontos. Como diz o economista Pablo Spyer, força touro!

até amanhã!

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