quarta é quarta
bom dia. quarta é aquela coisa né... nem longe, nem perto. nem segunda, nem sexta, só quarta. o quarto dia da semana e não o terceiro, pois se conta a partir do domingo. que falta de criatividade...
A politização do vírus nos EUA
MUNDO
A pandemia dividiu o mundo em favoráveis ou contrários às medidas de isolamento, isso é fato. Mas, especialmente nos Estados Unidos, essa divisão tornou-se política e justificada pelo fato de o coronavírus ter atingido a América democrata com mais força do que a América republicana. Isso faz com que os americanos não se sintam unidos e o país se polariza ainda mais, uma tendência perigosa, em qualquer contexto.
O vírus tem orientação política? Alguns dados do New York Times revelam que os municípios em que Donald Trump (republicano) ganhou em 2016 sofreram apenas 21% das mortes pela pandemia. A taxa de infecções é duas vezes maior nos municípios em que Hillary Clinton (democrata) teve maioria dos votos. Dentre as razões divulgadas pelo Times está a de que as áreas com maior influência democrata, como Nova York, são mais densamente povoadas. Áreas rurais e mais ao interior, normalmente reduto republicano, não sofreram um impacto tão brusco.
Reabertura econômica: os democratas, mais à esquerda, defendem que essa seja feita com cautela e os republicanos, mais à direita, não veem a hora de voltar a trabalhar. Até o momento, os republicanos estão com a razão, já que a temida segunda onda não aconteceu na maioria dos estados que reabriram. Vale ressaltar que não se pode atribuir mais mortes a uma orientação política sem levar em conta outros fatores, como a capacidade do sistema de saúde de cada local, sua densidade demográfica e a frequência com que os moradores viajavam, já que os casos foram todos importados.
Apesar de o vírus atacar as regiões de forma diferente, o desastre econômico atinge todo o país. Com isso, os ânimos políticos estão inflamados e a pandemia se torna, sim, uma disputa partidária. Em ano de eleições, o uso de máscara pelo candidato democrata Joe Biden — e a abstenção da mesma por Trump — se torna argumento político.
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Governador do Rio na mira da PF
BRASIL
A política fluminense não anda nada bem. Ontem, o governador do Rio, Wilson Witzel, foi alvo de mandatos de busca e apreensão da Operação Placebo, já chamada de “Covidão”, que apura desvios na Saúde durante a pandemia de coronavírus. Os agentes da PF passaram cerca de três horas desta terça no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, de onde saíram levando malotes. Mais essa?
A operação começou após o depoimento do ex-subsecretário estadual de Saúde, Gabriell Neves, que foi preso por fraude na compra de respiradores pelo governo. Em conversas interceptadas pela PF, alguns investigados disseram que precisariam negociar com o "01 do Palácio", referência provável ao governador. Com isso, a PF começou ontem a buscar provas de que Witzel saberia do esquema.
A primeira-dama não está de fora. A investigação ainda aponta um vínculo estreito entre Helena Witzel e as empresas de Mário Peixoto, preso como suspeito de fraudes relacionadas a hospitais de campanha. Foi encontrado na casa do operador financeiro de Peixoto um contrato de honorários advocatícios no valor de 540 mil reais entre a empresa DPAD, ligada ao empresário, e o escritório da primeira-dama.
Durante a pandemia, os contratos do governo Witzel envolvendo a montagem de hospitais de campanha, aquisição de respiradores, máscaras e testes rápidos somam mais de R$1 bilhão. Uma organização social chamada Iabas foi contratada de forma emergencial pelo governo do RJ para construir e administrar sete hospitais de campanha, com um contrato de R$835 milhões. Apenas um desses foi entregue.
Em resposta à acusação, Witzel disse que não há absolutamente nenhuma participação de sua autoria nas denúncias apresentadas pelo Ministério Público. O governador afirmou ser vítima de perseguição política pelo governo federal e pela família Bolsonaro, apesar de terem se apoiado nas últimas eleições. Como se não bastasse, o estado atingiu ontem recorde diário de mortes, chegando a 4.461 óbitos e 40 mil casos.
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Elon was right ¯\_(ツ)_/¯
TECNOLOGIA
Grande dia. Além de estarmos vivendo um momento histórico devido à COVID-19, hoje a humanidade presenciará outro momento épico. Mais precisamente às 17:33 (horário de Brasília), dois astronautas, Bob Benhken e Doug Hurley, decolarão do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, em direção à Estação Espacial Internacional (ISS).
Por que é relevante? Essa é a primeira missão espacial tripulada dos EUA em nove anos e, desde o último lançamento em 2011, a NASA enviava os seus astronautas para o espaço em cápsulas russas da Soyuz, lançadas do Cazaquistão.
O Falcon 9, foguete que carregará a cápsula Dragon Crew, foi desenvolvido pela empresa liderada por Elon Musk, a SpaceX. Elon, que já foi citado aqui algumas vezes, parece realmente ter provado ao mundo que é mais que um lunático. À título de curiosidade, na construção desse foguete, estima-se que a NASA tenha concedido à SpaceX mais de US$ 3 bilhões em contratos. Dê uma olhada no resultado…
Esse é o tipo de coisa que você deve assistir ao vivo, ao menos para contar aos seus filhos, netos ou sobrinhos no futuro. Portanto, pegue a pipoca e se prepare. A previsão é que a transmissão oficial se inicie às 13:15, mas isso depende que todas as condições, não só climáticas, estejam perfeitas. Tratando-se de espaçonaves, não se pode dizer que feito é melhor que perfeito.
Como assistir? Para presenciar esse momento histórico ao vivo, é só acessar o link da NASA TV. Se realmente assistir, marque o @thenews.cc no Instagram, pois estaremos juntos.
LATAM pede recuperação judicial
NEGÓCIOS
Mais uma grande vítima corporativa do novo coronavírus. Ontem, o grupo LATAM, maior do setor aéreo da América Latina, entrou com pedido de recuperação judicial nos EUA. O processo protege a empresa de mais de cem mil credores e de uma dívida de cerca de US$ 18 bilhões. O pedido vem em resposta às desafiadoras implicações que a pandemia trouxe para o segmento e à grande dívida da empresa no médio prazo.
Por que nos EUA? A decisão de concentrar o processo no país se deve a sua legislação, que permite negociar compromissos com arrendadores de aeronaves. Além disso, há 10 dias, a empresa não honrou o pagamento de uma parcela de um empréstimo de US$ 1 bilhão estruturada no país, sendo esse outro motivo para o pedido de recuperação ser feito na Trumpland.
Para tentar salvar a companhia, a família chilena Cueto e a brasileira Amaro, sócias majoritárias da empresa, concederão um empréstimo para que a LATAM continue operando enquanto está em recuperação. Além disso, está sendo encabeçado pelo BNDES, com apoio dos bancos privados, um pacote de ajuda ao setor aéreo. Todavia, como a LATAM é listada na bolsa de Santiago e não na brasileira, não há confirmação de que a companhia participará do pacote. Roberto Alvo, CEO do grupo, disse que a não-ajuda do governo não é uma opção. As conversas com Bolsonaro já avançam.
E as demais companhias aéreas? Bem, a situação da Gol é a melhor, dada sua maior liquidez e seu perfil de operação, com maior foco nos voos domésticos. A Azul, por sua vez, terá agora mais espaço para conquistar uma maior participação no mercado internacional, vislumbrado há anos pela empresa. O impacto nas duas companhias dependerá da recuperação da LATAM, mas ambas nunca precisaram gerenciar tão bem o seu caixa.
Bolsa caiu e o dólar acompanhou
ECONOMIA
O Ibovespa teve baixa de 0,23% a 85.468 pontos com volume financeiro negociado de R$ 29,534 bilhões, ao contrário das bolsas internacionais. Apesar da alta de ações varejistas, as ações bancárias fizeram com que o índice fechasse com a leve queda.
Somadas, as ações de bancos correspondem a 16% da carteira teórica do Ibovespa e com a queda de 4,3% do Bradesco, acrescida do recuo de 3,96% do Itaú Unibanco e os 2,25% de perda do Banco do Brasil, a alta de 6,75% da MGLU3 (Magazine Luiza), por exemplo, foi ofuscada.
Por que os bancos caíram? Segundo analistas, as ações dos bancos caíram como reflexo da correção depois da disparada no primeiro dia da semana, quando a bolsa subiu 4,3%, ou seja, um movimento natural do mercado.
Enquanto isso… A moeda americana também recuou 2%, com a reabertura da economia em mais países garantindo um maior otimismo dos investidores, fechando a R$ 5,3578 na compra e R$ 5,3599 na venda.
O que mais é destaque em economia?
até amanhã!
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