paciência
bom dia. entenda que as coisas não têm o mesmo tempo que você. pode vir mais rápido, pode demorar... deixe as preocupações com o que não depende de você de lado e foque no que está ao seu alcance.
Essas eleições deveriam virar feriado
MUNDO
Continuamos sem poder dizer quem será o presidente dos EUA pelos próximos 4 anos. No entanto, Biden está na frente, com 264 votos do Colégio Eleitoral — faltando apenas 6 para ser eleito — e Trump com 214.
Bem, se as projeções estiverem certas, Biden será o novo presidente. Ele está na frente em Nevada e, se continuar, terá os 6 votos do estado e será eleito com o mínimo necessário.
Já Trump precisa de 56 votos para se reeleger. Juntando Pensilvânia, Carolina do Norte, Geórgia e Alaska — os estados restantes em que ele está na frente — ele teria 268 votos. Ou seja, para vencer, ele precisa virar em Nevada.
De qualquer forma, não há resultado oficial. Ainda assim, as polêmicas já estão rolando…
A campanha de Donald Trump disse que irá à Justiça para suspender a contagem de votos na Pensilvânia, mesma estratégia usada em Michigan e Wisconsin.
O vice-diretor da campanha acusa as autoridades eleitorais de proibirem os fiscais republicanos, que acompanham a contagem, de se aproximarem a menos de 6 metros.
Além disso, mais cedo, o diretor da campanha disse que pediria a recontagem dos votos no estado de Wisconsin, onde Biden “virou”.
E aí? Pode até ser que o resultado seja informado hoje, mas muito provavelmente essas eleições ainda vão render boas e relevantes matérias por aqui. Está uma loucura.
Joe Biden bateu o recorde e se tornou o candidato da presidência americana mais votado da história.
Centauro e Nike andam juntas
BRASIL
Nessa semana, o brasileiro vai precisar se esforçar muito para se destacar no noticiário. Por isso, preferimos falar de negócios. Ontem, o CADE, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, aprovou o acordo de compra das operações da Nike no Brasil pelo Grupo SBF, controlador da Centauro. Com o acordo, o grupo passa a ser o distribuidor exclusivo da Nike por aqui.
Contextualizando: em fevereiro, a Centauro concordou em pagar 900 milhões de reais pela operação da Nike no Brasil, incluindo o capital de giro, 24 lojas e o e-commerce.
Como sempre, algumas ressalvas…
Ficou proibido, por exemplo, que um executivo da Nike tenha acesso a informações envolvendo outros clientes da Centauro, como Adidas e Puma. A premissa é recíproca para os executivos da Centauro também.
O CADE também proibiu que a Centauro influencie nas decisões da Nike quando se trata de segmentação de produtos, por exemplo.
Acordo fechado? Ainda não. O mercado espera que o valor acordado entre as empresas seja revisado, já que o dólar foi às alturas desde que as marcas decidiram se unir.
O que mais foi destaque no país?
Justiça determinou que CEMIG pague indenização à noiva que casou no escuro
Deputados aprovam proposta que retira R$ 1,4 bilhão da educação e libera recursos para obras
Aras defende que fundo da Petrobras seja usado para combater desmatamento
Uber e Lyft continuam na Califórnia
TECNOLOGIA
Finalmente a Califórnia decidiu, aliás, a California falou. Os motoristas de aplicativo e outros trabalhadores de Uber e Lyft poderão continuar como autônomos e não serão considerados funcionários no estado pioneiro dos aplicativos de corrida, a Califórnia.
Relembrando… Há uma batalha entre aplicativos e governo e, em agosto, a California aprovou uma lei que obrigava as empresas a dizerem que os motoristas eram seus funcionários. Com isso, teriam que pagar benefícios e salário mínimo, o que ocasionaria um reajuste de quase 20% no preço das corridas ou até mesmo a interrupção dos serviços.
O que aconteceu? Foi convocado um referendo — com a devida venia, um instrumento em que a população é convidada a dar sua opinião sobre uma determinada norma — e os moradores da Califórnia decidiram.
Resultado: Vitória dos aplicativos, com quase 60% dos eleitores votando a favor. A medida eleitoral, chamada “Prop. 22” permite que as empresas como Uber e Lyft continuem tratando os motoristas como profissionais independentes.
Money talks… A medida eleitoral foi apoiada financeiramente por Uber, Lyft, DoorDash, Instacart e Postmates, em um “investimento” de mais de US$ 200 milhões. É a medida eleitoral mais cara na história da Califórnia, destacando a importância de sua passagem para o futuro dos negócios. Com o resultado, as ações do Uber e Lyft subiram mais de 11%.
Por aqui, o destaque em tecnologia foi a compra do Grupo Zap — sim, o da Zap Imóveis — pela OLX por R$ 2,9 bilhões.
Um pouco além de Trump e Biden
ELEIÇÕES AMERICANAS
Deixando a presidência de lado, as eleições americanas também trouxeram novidades em relação a um tema polêmico: as drogas.
Vamos começar pela mais popular — a maconha: agora, 1 em cada 3 americanos vive em um estado onde a maconha recreativa é legal.
Nova Jersey, Arizona e Montana aprovaram medidas para legalizar a maconha para maiores de 21 anos. A Dakota do Sul foi o 1º estado americano a autorizar, ao mesmo tempo, tanto as vendas para uso recreativo quanto medicinal. Vale lembrar que, segundo a lei federal, a maconha continua sendo ilegal.
Porém, teve um estado que foi um pouco mais “liberal”… Os eleitores de Oregon votaram para a descriminalização de todas as drogas, incluindo cocaína e heroína.
Calma, lugar nenhum vai começar a vender cocaína. A decisão somente remove as penas criminais para quem for encontrado com pequenas quantidades, por exemplo. O Oregon dará a esses a opção de pagar uma multa de US$ 100 ou obter uma avaliação de saúde em um centro de recuperação. A venda continua ilegal.
O Oregon também decidiu que redirecionará o dinheiro do imposto sobre vendas de maconha e outras economias, como a redução do tempo de prisão, para a criação de um programa de recuperação da dependência de drogas.
Enquanto uns dizem que as drogas são um problema de saúde pública, não de justiça criminal, outros pensam que a descriminalização facilita o uso e a dependência.
No meio do caos, a calmaria
ECONOMIA
Não importa como está sua ansiedade com as eleições americanas — by the way, pode relaxar — algo que acalma qualquer um é escutar: “O Ibovespa fechou em forte alta nesta quarta-feira”. Um suspiro…
Diferente de você, muito provavelmente, os investidores não ficaram apenas atentos à apuração das urnas ontem. O foco também foi nos aos avanços no Congresso por aqui.
No Senado, foi aprovado o projeto que garante a autonomia do Banco Central;
Enquanto isso, no Congresso, o veto de Bolsonaro à desoneração da folha de pagamentos foi derrubado.
Lá fora, também houve otimismo. As ações de tecnologia puxaram as bolsas, já que ficou improvável que os democratas assumam a maioria no Senado e na Câmara.
Calma, não temos preferência nem aqui nem lá. O que o mercado temia é que com mais democratas no poder, os impostos aumentassem e os processos antitruste ganhassem mais força.
Só agora chegamos aos números. O Ibovespa fechou em alta de 1,97%, aos 97.866 pontos. Nos EUA, o índice Dow Jones subiu 1,34% e o S&P 500, 2,20%. O dólar também merece destaque, já que despencou 1,89%, cotado a R$5,65.
O que mais foi destaque economicamente falando?
Ministra Rosa Weber, do STF, homologa delação premiada de Eike Batista
CVM multa auditoria KPMG por falha na análise de balanço da Petrobras
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