o melhor dia da semana
bom dia. já confessamos aqui que amamos quartas. por quê? é equilíbrio, constância. o início é desafiador, o fim é missão cumprida e o meio... ah, o meio... o meio é o caminho, é tudo. pegue o café...
Na maior economia do mundo, até uma indicação é motivo de alvoroço
MUNDO
De início, essa notícia pode parecer estranha, mas, leia com calma. Ontem, o Comitê Bancário do Senado americano aprovou o nome de Judy Shelton, indicado por Trump, para o conselho do Federal Reserve (o banco central americano).
A votação foi disputada: 13 favoráveis e 12 contrários. Toda a dúzia de democratas enviou ao presidente do comitê uma solicitação para outra audiência.
Por que é relevante? Se você lê o the news até o final e acompanha a seção de economia, sabe que o Fed é extremamente importante para a economia mundial. Uma simples fala de um dos membros é capaz de alterar o rumo do mercado, podendo lhe dar medo ou esperança. É o Fed quem decide toda a política monetária americana, inclusive os programas de empréstimos emergenciais.
Agora, entenda a razão do nome de Judy Shelton ser polêmico:
Por muito tempo, ela defendeu a volta do padrão ouro, que limitaria a capacidade do Fed de influenciar o emprego e a inflação. Judy admite que suas opiniões estão fora do mainstream da economia atual. Ousada, digamos.
Além disso, ela questiona o porquê da Casa Branca e do Banco Central americano agirem separados, defendendo um maior alinhamento entre as entidades. Como ela foi consultora da campanha de Trump, em 2016, especialistas se preocupam com a proximidade.
Tradicionalmente, a Casa Branca e o Fed não interferem um no outro. O objetivo dessa independência é que o Federal Reserve não se deixe levar por interesses políticos, que podem mudar a cada 4 anos, mas baseie suas decisões em tendências econômicas de longo prazo.
E agora? Shelton ainda depende do aval em votação do Senado, onde a maioria é do Partido Republicano, de Donald Trump. Pegue a pipoca…
O que mais foi destaque no cenário mundial?
Vem reforma tributária por aí?
BRASIL
Por aqui, a Economia também movimenta as manchetes. A pauta da vez é a entrega da primeira fase da reforma tributária, entregue ontem por Paulo Guedes ao Congresso. Já era hora, afinal, essa proposta é esperada há mais de um ano…
O ponto principal:
O texto inicial trata apenas da unificação de impostos federais, com a união do PIS e do Cofins em uma só taxa, a Contribuição sobre Bens e Serviços, com alíquota de 12%. Aos leigos, a equipe econômica diz que unificar os impostos reduz a burocracia e o custo de empresas com o recolhimento.
As resistências: o principal ponto de conflito é com o setor de serviços. Na prática, o segmento teme sair prejudicado por uma elevação de tributos.
O plano do governo é deixar a 2ª etapa da reforma para os pontos de divergência. Há possibilidade de isentar a folha de salários de empresas e compensar isso com um novo tributo, sobre transações financeiras. Além disso, segue em pauta uma possível tributação sobre lucros e dividendos (atenção a esse ponto, investidores).
A entrega da proposta da reforma tributária acalmou empreendedores, comerciantes e empresários brasileiros. Muitos acreditam que a legislação extensa e complicada atrapalha o ambiente de negócios no país. Assim, espera-se um novo cenário, propício ao desenvolvimento.
Próximos passos: a implementação da reforma não será rápida. Primeiro, por causa do coronavírus, e segundo, devido às prováveis candidaturas de mais de 120 deputados a prefeituras. O mais provável é que o texto só seja fechado somente em 2021.
O que mais foi destaque no país?
Brasil tem mais 1.367 mortes por COVID-19, 3º maior registro da pandemia
Casa Civil e equipe econômica fecham acordo sobre Pró-Brasil
TECH em tópicos | 5 bullets rápidos
TECNOLOGIA
Hoje faremos diferente. Ao invés de uma notícia e destaques, decidimos colocar hot topics para você. É como se fosse 5 em 1. Veja:
A Netflix está testando um novo modelo “low cost” na Índia, para aumentar sua base de usuários no segundo país mais populoso do mundo. A diferença? O plano “Mobile+” funcionará apenas em smartphones e tablets, ou seja, nada de assistir filmes pela TV e o Netflix & Chill somente em tela reduzida. Nada mal para o preço: 199 rupias indianas, que equivalem a R$ 13,73 ou US$ 2,70.
Spotify lança video-podcasts no mundo todo, mas apenas para podcasters selecionados — o EMCONSTRUcast e o do Primo continuam somente em áudio. Segundo a empresa, os usuários poderão alternar o modo áudio ou vídeo de forma bem fluída. Vamos ver como ficará na prática…
Apple anunciou ontem que planeja tornar todos os seus negócios — incluindo sua cadeia de suprimentos — neutros em carbono até 2030. O que isso significa? Duas coisas. Com a diminuição de emissões do processo de produção, a atmosfera agradece pela redução de carbono e os fornecedores de energia renovável também estão sorridentes… É uma baita oportunidade para o setor.
A Apple também está apostando em news. A companhia anunciou que começará a produzir seu próprio briefing de notícias diário chamado Apple News Today. Adivinhe o formato? Um podcast, que será realizado de segunda a sexta todas as manhãs. O objetivo? Cobrir as notícias do dia em menos de 10 minutos. Deixamos o conceito da palavra fidelidade aqui, caso você queira reforçar. risos.
O Snapchat informou ontem seus resultados do segundo trimestre e, por incrível que pareça, a receita ficou acima do esperado e superou expectativas. Quanto? US$ 454,2 milhões em receita, um aumento de 17% em relação ao ano anterior. E o que mais? O número de usuários ativos por dia ficou abaixo das estimativas dos analistas e as ações caíram cerca de 6%.
Não. Logicamente não existem mais destaques relevantes em tecnologia… Cobrimos todos hoje e esperamos que tenham gostado do formato. Variar também faz bem.
Amazon x Magalu e Via Varejo
VAREJO
Jeff Bezos pode querer dominar o mundo, mas, no Brasil, ele vai ter que se esforçar para enfrentar as famílias Klein e Trajano. Durante a pandemia, o desempenho da Amazon por aqui ficou atrás da Via Varejo (dona da Casas Bahia) e da Magazine Luiza.
A Amazon comeu poeira das companhias brasileiras quando avaliados os downloads dos aplicativos das varejistas. Com isso, sua participação no mercado brasileiro caiu de 7% em fevereiro, para 5%, em abril.
O destaque para a Via Varejo: numa janela de tempo maior, ela foi a varejista brasileira com a maior evolução. Em termos de preferência, até a última Black Friday, a companhia variava entre 6% e 8%. Atualmente, está na casa dos 18%.
No mundo corporativo, todos bisbilhotam os KPIs da concorrência. Basicamente, são indicadores-chave de performance, e desde que Raphael Klein, neto do fundador, assumiu a presidência do conselho da Via Varejo, os números crescem. A nova direção está virando tudo ao avesso para colocar a empresa na rota digital. Por isso, muitos já a chamam de a nova MagaLu.
Agora, a Magalu: a companhia tem o feedback mais positivo do mercado, com 55% de reações satisfatórias. No entanto, é a empresa com menor potencial de alta para 2020. Isso não significa que ela enfrente problemas, mas depois de valorizar mais de 4.000% nos últimos 5 anos, crescer não é tão simples assim…
A Amazon pode ser a empresa que entrega os seus livros em casa mais rapidamente, mas o varejo brasileiro parece ser duro na queda em relação às intenções de Bezos por aqui. Try harder, Jeff…
O que houve com o mercado ontem?
ECONOMIA
🇧🇷 No Brasil, o Ibovespa teve leve baixa de 0,11%, a 104.309 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 32,957 bilhões, após altas recentes. Também caiu a moeda americana, que voltou a ser cotada por R$ 5,21 (-2,4%).
A queda da Bolsa foi puxada pelas ações da Vale (-1,84%) e Magazine Luiza (-3,1%).
🇺🇸 Nos Estados Unidos, os principais índices acionários encerraram de forma mista, com o S&P 500 subindo 0,17% e o Nasdaq, que vinha de mais um recorde nominal, caiu 0,8%.
🇪🇺 Na Europa, o pacote de estímulo de 750 bilhões de euros para a recuperação econômica no pós-pandemia — 360 bilhões de euros serão emprestados e 390 bilhões de euros serão repassados como forma de doação — repercutiu de forma positiva e o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,5%.
até amanhã!
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