mais uma semana
bom dia. hoje é segunda e segunda é sempre bom. dizem que é ela quem dita o tom da semana, então pegue sua xícara de cáfe, sem açúcar, e leia tudo que você precisa saber para começar sua semana.
Novos recordes no destino internacional favorito dos brasileiros
MUNDO
Se nos pedissem para escolher um estado brasileiro fora do Brasil, provavelmente seria a Flórida. Apesar do lugar nos remeter a parques de diversão e praias, as notícias por lá não são boas. Ontem, a Flórida registrou 15 mil novos casos por coronavírus, um recorde diário para os Estados Unidos, ultrapassando o estado de Nova York.
Nos EUA, o surto cresce em 37 estados. Durante o fim de semana, o número de novas infecções ficou acima dos 60 mil.
O pior já passou? Embora os novos casos tenham aumentado, os testes também têm sido feitos em larga escala. Além disso, um motivo para agradecer: a média de novas mortes não acompanha os infectados. Na verdade, está longe dos níveis recordes. Em meados de abril, eram 2.200 óbitos por dia, agora, são 700.
Ainda que a taxa de mortalidade não tenha aumentado como a de transmissão, a pressão sobre os hospitais cresceu. Em Miami, 6 hospitais atingiram capacidade máxima, fazendo com que o prefeito revertesse a reabertura, impondo toque de recolher e fechando novamente os restaurantes.
Apesar do “surto”, os parques temáticos da Disney, em Orlando, foram reabertos para um número limitado de visitantes, no último sábado. O clássico castelo da Cinderela, no Magic Kingdom, foi inclusive reformado para o público.
Visão macro: os casos, infelizmente, aumentam a nível global. Nesse domingo, foram contabilizados 230.370 novos infectados no mundo todo.
O que mais foi destaque no cenário mundial?
África do Sul volta a impor toque de recolher por avanço do coronavírus
México ultrapassa a casa das 35 mil mortes e agora é o quarto país no ranking
Estátuas do Madame Tussauds de Istambul usam máscara para conscientizar contra vírus
2020 não foi um ano para mostrar resultados
BRASIL
Ontem, o presidente Jair Bolsonaro fez uma publicação em seu Facebook citando os efeitos colaterais do combate ao vírus na economia brasileira. Vamos aos pontos de Jair:
Milhões de empregos destruídos, dezenas de milhões de informais sem renda e um país na beira da recessão.
A devastação econômica foi, de fato, inédita. No acumulado do ano, foram fechadas 1,145 milhão de vagas de trabalho, e o pior, mais de metade na faixa de 1 a 1,5 salário mínimo. Estatisticamente, a população de baixa renda foi a mais atingida pela pandemia.
De acordo com Bolsonaro, o Governo Federal socorreu pequenas e médias empresas, arranjou recursos para estados e municípios e está pagando Auxílio Emergencial de R$ 600,00 para mais de 60 milhões de pessoas.
O presidente disse também que o futuro das famílias brasileiras não deve ser politizado, alegando que os números reais da COVID-19 aparecerão em breve.
Hoje, tanto o vírus quanto seus efeitos mostram seus poderes destrutivos. Com a fala, o presidente parece querer mostrar que sua equipe agiu para conter os estragos, antecipando possíveis críticas ao desempenho econômico. Ele sabe que elas virão.
O fato é que a culpa de uma possível recessão não será da política, mas sim do vírus. Talvez a análise da equipe econômica de Bolsonaro — estimada e motivo de esperança para muitos brasileiros — tenha que esperar até que a situação “volte” ao verdadeiro normal.
O que mais foi destaque no país?
Toffoli decide que municípios devem seguir diretrizes dos estados sobre COVID-19
Nise Yamaguchi, afastada do Albert Einstein, pede desculpas após declaração sobre nazismo
É hora de pensar em outra profissão? risos.
TECNOLOGIA
Brincadeiras a parte, uma das coisas que a tecnologia permitiu foi o sucesso de criadores de conteúdo. Além dos coaches e daqueles que te ensinam a ficar milionário pela internet, uma nova categoria de influenciadores talvez mereça destaque neste momento: os streamers de games.
Essa categoria de influenciadores — sim, são tantos influencers que hoje dividimos em categorias — realiza a transmissão de jogos em plataformas de streaming. A prática se torna cada vez mais popular, pois fortalece os laços com o público, que passa horas assistindo gameplays ao vivo dos mais variados tipos jogos.
Na quarentena então, nem se fale. Com boa parte das pessoas em casa, principalmente os adolescentes, os streamers ganharam mais visibilidade ainda e, consequentemente, ganharam mais dinheiro. O resultado?
Seis jogadores de Fortnite do canal One Percent, que possui quase 800.000 assinantes, compraram a mansão multimilionária acima com proventos exclusivos dos streamings. Poderíamos descrever a casa como um todo aqui, mas um vídeo fala mais que muitas palavras. Para ver a mansão por dentro, é só clicar aqui. Adiantamos que a adega é bem impressionante e que há um piano utilizado por Frank Sinatra.
Que mercado é esse? Numericamente falando, considerando a faixa etária de 10 a 20 anos, 24% assistem futebol, enquanto 43% assistem a torneios de e-sports. No Brasil, para cada praticante de futebol, há dois gamers. Globalmente, o mercado movimentou US$ 1,1 bilhão em 2019 e tudo indica que movimentará ainda mais neste ano. A final do campeonato de League of Legends teve quase a mesma audiência que a final do SuperBowl, cerca de 100 milhões de espectadores.
O que mais é destaque em tecnologia?
Amazon volta atrás com e-mail solicitando que funcionários deletassem o TikTok
Netflix e Amazon Prime superam maioria dos canais de TV (A Globo ainda não)
Spotify, Tinder e Waze param no final de semana por causa do Facebook
Se até quem trabalha com espaços compartilhados está otimista…
NEGÓCIOS
Essa notícia pode soar estranha: a WeWork — empresa que fornece espaços de trabalho compartilhados, os famosos coworkings — informou que terá um fluxo de caixa positivo em 2021.
Você deve estar se perguntando como a empresa planeja fechar no positivo enquanto executivos estão alugando quartos de hotéis para trabalhar. Nós também nos fizemos o mesmo questionamento.
Bem, basicamente, a empresa…
Reduziu sua força de trabalho em mais de 8 mil pessoas;
Renegociou seus arrendamentos e rescindiu contratos dessa modalidade em Baltimore e NY;
Vendeu empresas e participações não essenciais;
Por fim, gastou mais de US$ 20 milhões para adaptar seus espaços para o distanciamento.
Com a renovação dos espaços, a empresa disse que junho foi o mês com mais vendas desde fevereiro. Inclusive, no mês passado, o WeWork assinou novos contratos com a Mastercard, a ByteDance, a Microsoft e o Citigroup. Palmas para o time de vendas.
Vale lembrar: no ano passado, o WeWork abortou sua ideia de IPO. Para lançar uma oferta pública de ações, mostrar-se como um empreendimento lucrativo é a melhor das propagandas. Com isso, os esforços para terminar o próximo ano no azul devem ser recompensados para os atuais controladores.
A retomada, o grupo de risco e a semana que se inicia
ECONOMIA
Antes da perspectiva econômica dos próximos dias, com as economias locais voltando a se movimentar, nos deparamos com alguns números e entendemos que seja interessante lhe dar uma visão geral sobre eles, claro, sem tecer nenhuma análise. Isso aqui é por sua conta…
80 milhões dos brasileiros estão na zona de risco, sendo idosos ou portadores de doenças crônicas, como diabetes e asma, ou seja, 40% de toda a população;
30% das famílias brasileiras são chefiadas por algum desses 80 milhões;
O grupo de risco movimenta cerca de 2 trilhões de reais por ano, um gasto maior que as classes A, B e C, comparativamente.
Dito isso, vamos ao panôrama semanal. Depois de fechar a sexta-feira em alta de 0,88%, a 100.031,83 pontos, fato inédito desde 5 de março, quando estava em 102.233,24, nesta semana, o índice deve ser influenciado pelos números da COVID-19 no exterior e aqui dentro, como já virou costume. Além disso, algumas pautas específicas estão em cheque.
No exterior: A China divulgará o resultado do PIB do 2T, que ainda deve ser pressionado pela pandemia, mas pode indicar boa recuperação da segunda maior economia do mundo. Nos EUA, os dados da produção industrial e das vendas no varejo são fatores para ficar de olho.
No Brasil: o destaque da agenda doméstica está na terça-feira, quando será informado o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de maio, conhecido também como a prévia do PIB nacional, pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
boa semana e até amanhã!
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