já pegou o café?
bom dia. hoje é segunda, a última do mês. pesquisas dizem que, nas segundas, pessoas só conseguem esboçar o primeiro sorriso às 11:16. como você é do contra, você vai dar um sorrisinho ao ler isso.
O escândalo político de um furo no ‘lockdown’ britânico
MUNDO
Já faz um tempo que a figura icônica e polêmica do Boris Johnson não aparece por aqui. Ele está de volta aos noticiários internacionais, depois do escândalo no Reino Unido com os furos que seu assessor-chefe, Dominic Cummings, deu na quarentena. A tensão política chegou ao território da rainha.
Mas, o que Dominic Cummings fez de fato? O jornal The Guardian reportou que o assessor, e idealizador do 'Brexit', viajou mais de 400 quilômetros para visitar seus pais, quando sua esposa estava com sintomas do COVID-19. Além disso, novas alegações surgiram ontem dizendo que ele havia quebrado o ‘lockdown’ em várias ocasiões ao longo de abril.
Esclarecimento: um porta-voz do governo esclareceu que, como a esposa já estava supostamente infectada, ele possivelmente também se sentiria indisposto, tornando-se essencial garantir que seu filho não ficasse desamparado. Boris Johnson defendeu seu assessor, dizendo que ele agiu com responsabilidade e integridade, seguindo os instintos que qualquer pai ou familiar teriam nunca situação semelhante.
Not enough… Para a oposição, a explicação não foi suficiente, já que qualquer pessoa com sintomas da COVID-19 era proibida de até mesmo sair para comprar bens essenciais. O Partido Trabalhista se posicionou e disse que não pode existir uma regra para Cummings e outra para o povo. Para muitos, o comportamento do assessor permite que o povo interprete as regras da forma que melhor entender. Agora, aqueles que já questionavam o isolamento terão mais uma razão para justificar suas dúvidas.
De qualquer forma, o acontecimento é infeliz para Boris Johnson, que comanda o país com o maior número de mortes por coronavírus na Europa. A violação da quarentena é punida na Inglaterra com uma multa de mil libras. Será que Cummings vai pagar?
O que mais você precisa saber no cenário mundial?
Valeu a espera?
BRASIL
O Brasil começa a semana com 363.211 casos e 22.666 mortes por COVID-19. O país tem o segundo maior número de casos do mundo, que já nos olha de forma diferente. Ontem, Trump restringiu a entrada de todos aqueles que estiveram por aqui nos últimos 14 dias. A situação brasileira frente à pandemia é preocupante, mas hoje trataremos do vídeo ministerial divulgado na última sexta. As sextas-feiras tem sido marcadas por bombas na política. Brasília parece ter um apreço especial pelo dia.
Durante o final de semana, você deve ter sido bombardeado com trechos do vídeo e com os pareceres dos famigerados grupos de WhatsApp. Não vamos tecer comentários sobre o vídeo em si, pois acreditamos fielmente que a capacidade de interpretação e conclusão seja do leitor e por isso, deixaremos aqui o link para o vídeo na íntegra, é só clicar aqui para assistir. Dica: coloque na velocidade 2x no YouTube.
O que podemos dizer é que o vídeo não moveu opositores ou apoiadores, apenas reforçou suas posições. O conteúdo inflamou a base mais fiel de Bolsonaro, que se simpatiza com o presidente e viu coerência em Bolsonaro ao reforçar o discurso que o elegeu. Os contrários ao presidente, por sua vez, criticaram sobretudo a ausência de uma discussão séria sobre medidas para conter a pandemia, e também o decoro dos participantes. Além disso, houve algumas falas controversas, como a de Ricardo Salles sobre aproveitar o foco na pandemia para mudar regras relativas ao Meio Ambiente e as de Abraham Weintraub acerca da prisão de ministros do STF.
Na prática: quanto às acusações de Moro, o debate sobre ao que Bolsonaro se referia quando falava de “segurança” continua, e caberá agora ao procurador-geral da República, Augusto Aras, avaliar as falas do presidente. Se Aras concluir que JB cometeu mesmo algum crime, ele apresentará uma denúncia criminal contra ele.
Por fim, o que mais você precisa saber no cenário nacional?
Dias Toffoli, presidente do STF, foi internado com sintomas do novo coronavírus
Conselho Nacional de Saúde pede a suspensão do uso da cloroquina em casos leves de COVID-19
Pode sorrir, Zuckerberg…
TECNOLOGIA
A tecnologia foi um dos setores que mais se destacou desde que o vírus emergiu na China, e sua importância foi, de uma vez por todas, posta sobre a mesa. O valor de mercado da maioria das empresas do segmento aumentou e, em decorrência disso, Mark Zucerberg, o CEO do Facebook, teve sua fortuna acrescida em mais de US$30 bilhões em apenas dois meses. Pechincha…
Ainda que a Califórnia, onde fica o Vale do Silício, continue sob medidas de restrição, o local de trabalho pouco importa para o dia a dia dos funcionários. A flexibilidade do segmento fez com que o Facebook superasse as expectativas de Wall Street para o 1T, não só em receita, como também em usuários ativos. No período, a empresa gerou US$17,74 bilhões e atraiu 1,73 bilhão de usuários nos primeiros três meses de 2020.
Mas, o que o Facebook fez de relevante nos últimos dois meses?
Expandiu seus negócios em e-commerce e bate-papo por vídeo;
Estreou o Messenger Rooms, um serviço de bate-papo por vídeo para até 50 pessoas;
Anunciou um recurso de comércio eletrônico no Facebook e no Instagram, chamado Shops, que permite que as empresas adicionem fachadas de lojas virtuais a seus perfis.
Suficiente para vocês ou não, Zuckerberg é agora a terceira pessoa mais rica do mundo, deixando até mesmo Warren Buffett para trás. No entanto, como nem tudo é um mar de rosas, o impacto da redução na demanda por publicidade será visto nos resultados do 2T, que se encerra em 30 de junho. Será que faz diferença pro ‘Zuck’ cair para a quarta posição?
Hertz anuncia falência nos EUA e Canadá
NEGÓCIOS
A locação de carros ia de vento em popa nas últimas décadas. Pessoas alugavam carros quando viajavam para se sentirem moradores locais, executivos o faziam em suas viagens a trabalho e motoristas de aplicativo escolhiam o serviço para evitar os gastos de um automóvel próprio. Com a pandemia, essas empresas enfrentam um grande desafio e, na última sexta-feira, a gigante de aluguel Hertz entrou com pedido de falência, depois de não chegar a um acordo com seus financiadores. Amarelou.
A Hertz entrou com um pedido de proteção no Tribunal de Falências dos EUA, o que a torna uma das grandes vítimas corporativas da pandemia. Com o relatório de que a empresa declararia falência, suas ações chegaram a cair até 50%. Em alguns mercados, não serão dizimados apenas os pequenos negócios, mas também os grandes players.
Já não estava lá essas coisas… A Hertz além de possuir uma dívida de US$ 19 bilhões, já lutava contra a concorrência e os aplicativos de carona, como Uber e Lyft. Em abril, com a queda das viagens, a empresa demitiu 10.000 trabalhadores, cerca de 26% de sua força de trabalho. De quebra, colocaram 20 Corvette Z06s amarelos idênticos à venda, com um grande desconto.
No Brasil: um levantamento da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis mostrou uma queda de mais de 90% no volume de aluguéis de carros para consumidores comuns. Já quanto aos motoristas de aplicativo, sos 200 mil veículos para eles alugados para aplicativos de corrida, 160 mil foram devolvidos. A brasileira Localiza disse que os aluguéis atingiram apenas 53% da taxa de utilização em abril. Será que Salim Mattar abandonará o governo para voltar ao comando da empresa?
O que podemos esperar do mercado?
ECONOMIA
Apesar de ter fechado em leve queda na sexta-feira, o mercado brasileiro teve resultado acumulado positivo na última semana. O Ibovespa fechou acima dos 82 mil pontos, com ganhos de 1,2%. Dizem que quem olha para trás, tropeça. Então, vamos logo para o que o mercado espera nessa semana.
Indicadores nacionais: na próxima sexta, será divulgado o PIB do Brasil para o 1T. A Bloomberg sugere que a economia brasileira terá uma retração de 1,7% na comparação trimestral. Além disso, será divulgado também o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15). Não sabe o que significa? O índice basicamente representa uma prévia da inflação no país e, ao que tudo indica, registrará uma deflação.
Política: os investidores brasileiros ainda aguardam a confirmação do veto ao reajuste a servidores, que já é esperado há algumas semanas. A divulgação do vídeo da reunião ministerial não deve refletir sobre a bolsa, já que não causou perda do apoio que Bolsonaro mantém de seu eleitorado.
Mercado externo: na próxima quinta, será também divulgado o PIB americano, que quantificará a retração econômica sobre a qual tanto se fala. Além disso, os presidentes dos Bancos Centrais, tanto europeu, quanto americano, se pronunciarão nessa semana. Eles falam, a gente escuta.
Além disso, o que você precisa saber para dar play na sua semana financeira?
Bancos elogiam austeridade fiscal de Guedes em reunião ministerial
Com Selic no menor patamar da história, rentabilidade do FGTS supera renda fixa
até segunda!
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