independente do CEP
bom dia. aos nossos leitores paulistas, aproveitem o feriado antecipado para ficarem em casa. aos demais, façam a mesma coisa.
Os três superpoderosos da pandemia: China, EUA e OMS
MUNDO

Sim, as desavenças entre China e Estados Unidos já estão quase tão repetitivas quanto o coronavírus. Mas, tratando-se das duas maiores potências mundiais e de grandes parceiros comerciais do Brasil, a briga entre as duas nações é de enorme relevância. Ontem aconteceu a reunião anual da OMS, na qual os Estados membros concordaram em investigar a resposta global da organização em relação ao vírus.
A reunião foi dominada por atritos. Os EUA reforçaram suas ameaças ao protecionismo e a China reprimiu as críticas recebidas sobre a forma que tratou o vírus. Trump reiterou que a OMS precisa ser mais justa com a comunidade internacional, e afirmou que, caso contrário, fará suas decisões separadamente.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China retrucou dizendo que os EUA erraram os cálculos, enganaram a população e caluniaram o país. Os EUA possuem hoje mais de 1,5 milhão de casos de Covid-19 e superou 90 mil mortes em decorrência da doença. Se tem quem critica, tem quem rebate…
São bonzinhos assim? Muitas pessoas, principalmente autoridades americanas, duvidam das boas intenções da China com o anúncio do presidente Xi Jinping acerca de uma doação de US$ 2 bilhões para combater o coronavírus. O gesto é visto como uma tentativa de tentar impedir que uma investigação mais minuciosa seja feita no país. A doação equivale a mais do dobro do valor que os EUA contribuíam com a OMS, até Trump cortar o financiamento.
Além do embate que já parece uma Segunda Guerra Fria, o que mais você precisa saber?
Super Ciclone a caminho de Índia e Bangladesh atinge ventos de 270 km/h
Trump anuncia ajuda milionária ao Brasil e cogita banir viagens vindas do país
Feriados antecipados e eleições, provavelmente, adiadas
BRASIL

É ano de eleições municipais no Brasil, e em outubro estaremos, ou estaríamos, escolhendo nossos representantes para os próximos quatro anos. Rodrigo Maia, presidente da Câmara, afirmou ontem que o Congresso discutirá o adiamento das eleições deste ano – sem estender o mandato dos atuais prefeitos - como medida de prevenção por causa da pandemia.
Maia disse que a maioria dos parlamentares defende o adiamento, desde que os mandatos não sejam prorrogados, e Davi Columbre, presidente do Senado e do Congresso, deverá criar um grupo formado por deputados e senadores para discutir a questão. Fica difícil distribuir santinhos de candidatos com as ruas vazias.
E por falar em prefeitos… começa hoje em São Paulo a antecipação dos feriados conforme decreto de Bruno Covas. A decisão pretende aumentar a adesão ao isolamento na capital e outros 20 municípios da Grande São Paulo também aderiram ao decreto com o intuito de evitar um ‘lockdown’ na região metropolitana. Os serviços essenciais poderão funcionar normalmente.
Já o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, estendeu ontem as medidas restritivas na cidade até o próximo dia 25. Os serviços considerados não-essenciais continuam suspensos, assim como o bloqueio de algumas vias. Além disso, o prefeito anunciou a criação do Sistema de Integridade, responsável pelo controle de custos e combate à corrupção. Na primeira auditoria, uma empreiteira já foi multada em 60 milhões. Lava-Jato carioca?
O que mais foi destaque em terras brasileiras?
Pela primeira vez com 1.000 novas mortes em um dia, Brasil tem um óbito a cada 73 segundos
Índigenas no Amazonas são levados de avião para UTIs com complicações da Covid-19
João Pedro, adolescente de 14 anos, é morto em operação policial no Rio
O podcast de $100 milhões de dólares
TECNOLOGIA

Se você pensava em começar um podcast, talvez seja a hora. Mas antes de falar sobre isso, gostaríamos de explicar que até pensamos em escrever sobre Kevin Mayer, até segunda-feira o principal executivo de streaming da Walt Disney, que renunciou o Mickey para se juntar ao TikTok como CEO. No entanto, você já deve ter lido sobre isso em algum outro meio de comunicação ontem e algo muito expressivo aconteceu no mercado de podcasts ontem.
O Joe Rogan Experience, um dos podcasts mais populares do mundo (para não falar o mais popular), foi “comprado” pelo Spotify e será transmitido exclusivamente pela plataforma, por meio de um contrato de licenciamento exclusivo de vários anos. O Wall Street Journal anunciou que foram mais de 100 milhões de dólares pelo licenciamento, mas nenhuma das fontes confirmou a afirmação ainda. O que se sabe é que são 8,4 milhões de inscritos no canal do YouTube em que os episódios eram transmitidos.
Por que isso é relevante?
Essa é a primeira grande “aquisição” de um show de podcast. Nos últimos anos, o Spotify já havia feito aquisições, incluindo a produtora Gimlet e a ferramenta favorita de edição dos podcasters, o Anchor, atento ao crescimento da indústria.
Concorrência direta para o YouTube. A aquisição realmente comprova o que haviamos mencionado aqui na newsletter anteriormente. A ideia do Spotify é entrar no mercado de vídeos e o próprio Spotify utilizou o termo vodcast para anunciar que os episódios estarão disponíveis em vídeo pela plataforma.
Mas qual é a dos podcasts? Bom… Quando se fala em podcasts, poucas pessoas se atentam para o potencial do formato para empresas e marcas que desejem anunciar. Segundo os últimos dados confiáveis publicados, existem mais de 800.000 podcasts ativos no mundo todo, com mais de 54 milhões de episódios, mas isso não é o que faz essa indústria ser tão cobiçada. O que faz com que o Spotify esteja investindo tanto, e a Globo aqui no Brasil também, é que tratando-se de anúncios em podcasts, 81% dos ouvintes realizam algum tipo de ação após ouvir propagandas de áudio durante um episódio.
PS: Sem querer desmotivar aqueles que pretendem ganhar dinheiro com podcast antes mesmo de começarem, o podcast do Rogan já tem mais de 10 anos… Não é da noite para o dia. risos.
Aos amantes, aqui vão dois ótimos de podcast para você escutar hoje:
Walmart descontinuará Jet.com, adquirida por US$3 bi
NEGÓCIOS

Nem toda aquisição acaba bem, e algumas se tornam até bem custosas. Ontem, o Walmart anunciou que encerrará as operações da Jet.com, startup de comércio eletrônico comprada pela companhia há 4 anos. A aposta da família Walton na Jet.com foi alta: pagaram por ela a bagatela de US$3,3 bilhões, com o objetivo de atrair clientes mais jovens e cosmopolitas para combater a ascensão da Amazon.
Para alívio do CFO da empresa, a descontinuação da Jet.com não trará grandes encargos contábeis para o Walmart, uma vez que grande parte de sua equipe foi absorvida pelas operações da gigante americana. Inclusive, o co-fundador da Jet, Marc Lore, foi nomeado chefe do departamento de comércio eletrônico da empresa.
No geral, foi uma compra ruim? Não. De acordo com o CEO do Walmart, Doug McMillon, a aquisição impulsionou o progresso do e-commerce da empresa nos últimos anos. Durante a pandemia, as vendas online aumentaram 74% e vários clientes experimentaram o serviço virtual pela primeira vez. A receita total da companhia aumentou em US$10,7 bilhões, para US$134,6 bilhões.
Apesar do crescimento, o segmento online ainda não é lucrativo para o Walmart, e no ano passado, mesmo com crescimento de 37% nas vendas, o mercado eletrônico registrou prejuízo de 2 bilhões de dólares. Ao que tudo indica, Jeff Bezos é duro na queda e competir com o maior nome do varejo digital não é nada fácil.
A alegria durou pouco (foto meramente ilustrativa)
ECONOMIA

O futuro continua embaçado, a economia também. Diante da incerteza acerca da real eficácia de uma vacina para a infeçcão, a economia mundial reagiu e o Ibovespa, que geralmente segue regra do exterior, fechou o dia em queda de 0,56%, a 80.742 pontos.
Um fator que ajudou no declínio foi a análise de especialistas acerca da vacina que reportamos ontem na newsletter, a Moderna. Os experts afirmaram que faltam dados suficientes para atestar que a vacina realmente teve sucesso na primeira fase.
Como se não bastasse, no fim do dia, Steven Mnuchin, o secretário do Tesouro americano, avaliou que os danos à economia dos EUA podem ser permanentes caso o isolamento social perdure pelos próximos meses.
Com isso, adivinhe? O dólar subiu. A moeda americana fechou ontem em R$ 5,76 com aumento de 0,67%.
Além disso, o que foi destaque em termos econômicos?
Bolsa e bancos vão funcionar normalmente, mesmo com feriado em SP
Trump estuda cancelar todos os voos que vem da América Latina, inclusive do Brasil
Gasolina nos postos cai ao menor número em quase 3 anos e pode ser encontrada por R$ 3,34

até amanhã!
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