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Militares prendem presidente em Mali, que é forçado a renunciar
MUNDO
Ontem, o presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, o Primeiro-Ministro e funcionários do governo foram detidos por soldados na capital Bamako. O grupo que iniciou o “golpe” se posicionou contra o governo, que vinha enfrentando protestos em massa pedindo a renúncia do presidente há alguns meses. O resultado? A renúncia.
Em um discurso transmitido pela televisão, Keita disse que também estava dissolvendo o governo e o parlamento, renunciando-se do cargo, dizendo que não queria que sangue fosse derramado para se manter no poder.
Por que é relevante? Mali é uma base importante para as tropas francesas que lutam contra radicais islâmicos em toda a região do Sahel — região da África localizada entre o deserto do Saara e as terras mais férteis ao sul — e em 2012, um motim levou a um golpe militar que derrubou o presidente da época e acelerou a queda do norte do país para militantes Jihadistas.
Apesar da principal insatisfação dos soldados que prenderam o presidente recair exatamente a ineficácia em combater as facções Jihadistas que atacaram o país nos últimos anos, a instabilidade no comando de Mali abre margem para novos ataques dos extremistas islâmicos, que podem vê-la como uma fragilidade.
Influencia em algo no mundo? Mali é relativamente um bom exportador de algodão, ouro e gado e seus principais parceiros comerciais no Ocidente são França (ex-colônia) e Bélgica. No oriente, a China é o principal aliado econômico.
O que mais é destaque no cenário internacional?
Versão 2.0 do coronavírus chega ao mercado
CORONAVÍRUS
Uma nova mutação do novo coronavírus, cada vez mais comum em toda a Europa e agora detectada na Malásia, está sendo analisada por especialistas. Até o momento, a mutação D614G parece ser até dez vezes mais infecciosa. No entanto, ela é bem menos fatal.
Como assim? A proliferação da mutação D614G em algumas partes do mundo coincidiu com uma queda nas taxas de mortalidade nos locais, o que indica fortemente aos cientistas que a “nova versão” do vírus seria menos letal.
Biologicamente faz sentido. A tendência é que um vírus se torne menos potente à medida que sofra mutações. Na realidade, é do interesse do vírus infectar mais pessoas, mas não matá-las, pois todo vírus depende do hospedeiro para se alimentar e se abrigar. Alguma lembrança das aulas de ciência? risos.
A mutação circula na Europa e também nas Américas e é importante dizer que ela dificilmente impactará a eficiência de uma vacina em potencial.
O Brasil registrou 1.352 novas mortes pelo coronavírus nas últimas 24 horas e 47.785 casos. Desde o dia 05 de agosto, é o dado diário mais alto, quando foram 1.437 mortes. O país inicia o dia de hoje com 3.407.354 e 109.888 óbitos.
Destaques por aqui:
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Para os indecisos ou preguiçosos
TECNOLOGIA
Quando você não sabe o que assistir na Netflix, o que você faz? Tem quem poste uma caixinha de perguntas no Instagram, outros mandam mensagens aos amigos e muitos de vocês recorrem às nossas dicas do fim de semana. A Netflix, no entanto, vai te dar mais uma ajudinha.
As “recomendações para você” já existem, mas a empresa de streaming está testando um novo recurso: o Shuflle. Através de um botão na sua tela inicial, a Netflix reproduzirá aleatoriamente um conteúdo que acha que você vai gostar.
A reprodução poderá ser um filme ou programa que você já está assistindo, algo salvo em sua lista ou um título semelhante baseado no que você já assistiu. O novo botão já aparece para alguns usuários, no aplicativo da Netflix para aparelhos de TV.
O que levou à nova ferramenta? A ideia da empresa é simples: ajudar os clientes a encontrar mais rapidamente algo que lhes agrade e diminuir o tempo gasto para escolher o que assistir. Apesar de nova, a experiência nos remete ao tempo em que ligávamos a TV e assistíamos a qualquer coisa que estava passando. É por isso que tem quem diga que a tecnologia nos tornou mais burros e preguiços. risos.
O que mais você precisa saber no mundo da tecnologia?
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Como andam os Correios?
NEGÓCIOS
Os problemas com os Correios, empresa estatal, não são de hoje. No entanto, com a pandemia,as dores de cabeça com o serviço postal aumentaram e muito.
De acordo com o Procon de São Paulo, as reclamações contra o Correios cresceram quase 400% no estado entre janeiro e julho deste ano, comparado ao mesmo período de 2019.
Quais os motivos das insatisfações? O que assusta é que a principal queixa é a falha na entrega, que é justamente o serviço prestado por eles. Pode parecer irônico, mas é real.
Para piorar, nessa semana, 100 mil funcionários dos Correios entraram em greve em todo o país. Os grevistas reclamam de negligência com a saúde dos trabalhadores na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos.
A paralisação (parcial) fará um verdadeiro furdunço no Brasil, já que em consequência dela há grande risco de atraso no recebimento de faturas, boletos, documentos e encomendas.
Dada a ineficiência dos Correios, o governo federal deve apresentar, nas próximas semanas, um projeto de lei que abre caminho para sua privatização. Quem prepara a proposta, que acabaria com o monopólio estatal sobre o serviço, é o Ministério da Economia — agora sem Salim Mattar — e o Ministério das Comunicações.
E vamos de alta
ECONOMIA
Ainda bem que ontem não frisamos a volta ao patamar abaixo dos 100 mil pontos, porque hoje cá estamos novamente. O Ibovespa fechou a terça-feira em forte alta, de 2,48%, aos 102.065 pontos, movido principalmente pelo “fico” de Paulo Guedes.
Jair Bolsonaro disse ontem que a saída de Guedes jamais foi cogitada e que não há possibilidade do governo furar o teto de gastos, o que acalmou os investidores tensos com a questão.
Além disso, a ação de destaque dessa terça-feira foi justamente a Magalu, cujo relatório trouxemos ontem, que terminou o dia com quase 10% de alta. Mas até a concorrência saiu ganhando, já quea empresa puxou todo o setor varejista para cima.
Nos EUA, o destaque foi o aumento das restrições de Trump contra a Huawei e os resultados do Walmart, com lucro e receita acima das projeções para o 2T. Como resultado, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fecharam em alta, principalmente o S&P 500, que renovou máxima histórica aos 3.389 pontos.
E o dólar? A moeda americana caiu 0,50%, a R$ 5,4672 na compra e a R$ 5,4685 na venda.
O que mais foi destaque em economia?
Decreto de Bolsonaro regulamenta ações emergenciais ao setor cultural
Fundos imobiliários podem atingir a marca de 1 milhão de cotistas em agosto
Câmara aprova MP que facilita acesso a crédito de banco público na pandemia
boa quarta e até amanhã!
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